segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Seremos a geração de quando o português era assim


Li hoje no Jornal da Tarde uma entrevista com o “imortal” Evanildo Bechara que foi o responsável por resolver os entraves da atualização do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e na matéria constava um ponto bastante interessante: seremos a geração onde o português mudou novamente.

E nós com isso?

Acredito que muitos de vocês devam ter lido coisas antigas e rido de palavras que não se usa mais. Ou achado engraçado os termos com cês mudos e expressões do tempo dos nossos bisavós. Pois é, agora faremos parte da história da língua portuguesa como os que “escreviam como antigamente”.

Sempre achei intrigante pensar que não percebemos como as coisas mudam, porque somos tão pequenos frente à história da humanidade que são necessários anos e anos para percebermos que uma revolução foi feita ou que houve uma mudança cultura drástica. Dessa vez, com a mudança da língua portuguesa, podemos pontuar onde estávamos no meio de tudo isso.

Eu que tanto gosto de descobrir a origem das palavras e como se deram as mudanças na língua agora poderei ser mais uma narradora da evolução do nosso português.

2 comentários:

Vitor disse...

Concordo em partes, Ada. Acho que fazer parte da história é sempre emocionante, mas eu, particularmente, preferia não estar fazendo parte dessa.

Juro que não sou nacionalista, não vou em desfile militar de 7 de setembro. Mas se tem uma coisa que defendo por aqui é a nossa língua (e o samba, claro). Acho que as tentativas de universalizar o português só nos depreciam. Somos únicos por nossa cultura e por nossa língua. Dessas duas coisas, acredito, constrói-se nossa identidade nacional. E por mais que a globalização diga o contrário, ainda acho que é importante sermos brasileiros.

Panqueique disse...

Escuto várias vezes pessoas defenderem o que já existe e acho, sinceramente que pessoas como voc~e são essenciais. Imagina o mundo todo querendo mudar sem saber o porquê e nem para onde?

Mas defendo também que existem coisas que não temos como parar. E uma delas é a "evolução de tudo". Pena que o custo dessa evolução muitas vezes seja apenas o abreviamento da expressão e da relação mais íntima com o outro.

Quem sabe se confirma a teoria de que tudo vai mudando, mas acaba voltando a certos pontos iniciais.