domingo, 28 de setembro de 2008

Detesto dodóis


Provavelmente você não entendeu nada do meu título, mas já explico: não lido bem com pessoas sensíveis demais. Tudo magoa, tudo é motivo para chorar ou ficar encanado. Não que todos nós não tenhamos isso em algumas situações da vida, mas sempre, é chatice. Imagine uma pessoa que você sempre pisa em ovos. Nada pode ser falado sem uma intensa reflexão antes. Dodói demais pra mim.

Você até quer ajudar alguém dodói algumas vezes, mas não dá. Como você pode dizer para uma figura dessas que ela ou ele precisa emagrecer. Ou que foi egoísta em uma determinada situação. Imagina então ter que dizer que viu o namorado ou a namorada com outros. Nossa, é barra. Aí o dodói vive se ferrando e não sabe o porquê. Porque não quer encarar a vida com um pouco mais de indiferença, sem achar que tudo é pessoal, ou que o mundo precisa mudar para não atingir suas feridas.

Juro que faço este texto sem ter qualquer estímulo de fatos dos últimos dias. Na verdade é algo que sempre preguei e que faz parte do meu perfil prático de levar a vida. Vamos chorar menos e sorrir mais. Reclamar menos e agradecer mais. Fazer mais e pedir menos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Falar besteiras faz bem











Um dia estava em meio a uma turma na praia e comecei a perceber que todo mundo só falava coisas “dispensáveis” para a vida de qualquer um dos presentes. O que quero defender agora é que nada é dispensável. Ficar horas e horas falando do sentido do azul calçinha ou do azul turquesa pode aliviar o estresse e mostrar ainda que é possível desligar da rotina de obrigações e simplesmente “jogar conversa fora”. Isto é bom pra danar.

As últimas discussões deliciosamente inválidas das quais participei foram sobre nomes de comidas que são coisas diferentes de acordo com a região do país. Agora você vai entrar nas polêmicas mais sem futuro do mundo. Hehehe...

Qual a diferença entre picolé e sorvete? Versões: paulistas dizem que é tudo igual; mineiros e cearenses concordam que picolé é no palito. Segunda dúvida cruel: o que é pé-de-moleque? Em São Paulo e em Minas, uma espécie de cocada com amendoim, que pode ser dura ou macia. No Ceará, é um bolo feito com mandioca, amendoim, cravo etc. Ok. Tem mais. O que é lanche afinal? Depoimento um: um sandwich. Dois: qualquer comida que contenha suco, biscoito ou mesmo um sandwich. Três: lanche é com suco, café é com café e algo doce. Adoro esta última definição.

Tem ainda dilemas quase universais. Quem sabe dizer a diferença entre vitamina e suco quando leva mais de uma fruta? Você se arrisca em dar uma definição? Idéias já explanadas: suco é só frutas, vitamina leva leite; com mais de uma fruta é vitamina; vitamina dá mais energia que suco (palhaçada!) e vitamina é com mais de duas frutas.

Mande você também uma sugestão de discussão válida para dar risada e falar besteiras mesmo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Rindo com as eleições

Estava comentando esses dias como tem jingle de difícil pronuncia nas eleições deste ano. Só para ilustrar, pensem no “Carrega na Catraca, Carrega na Catraca” (http://www.marta13.can.br/video_galerias.php?videoId=213&t=C&galeriaVideoId=).

É quase uma sessão de fonoaudiologia. Tente repetir umas cinco vezes seguidas, sem pausa. Entendeu não é? Falta fôlego. Tem ainda jingle que tem mais palavras do que o ritmo permite. Você percebe claramente o esforço aplicado aqui: http://www.kassab25.com.br/lista-videos/comerciais-de-tv.

Os meus comentários não são contra um ou outro candidato. Só acho ótimo rir com as publicidades. Tem para todo gosto, com direito ao uso das coisas mais bizarras possíveis. Tem até quem lança moda, como o candidato Hilton Coelho, de Salvador.



Para relembrar outros jingles históricos tem uma matéria de agosto do G1 que vale a pena ser lida e ouvida: http://g1.globo.com/Eleicoes2008/0,,MUL717127-15693,00.html.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Deixa a vida me levar...


Sempre tive a péssima mania de anotar tudo em uma maldita agenda que me escraviza. Anoto, olho direto, confiro se não falta nada. Depois ainda tenho a pachorra de botar um ok do lado. Vai ser chata assim na ...

Ok. O importante é que estou tentando pensar de uma outra forma. O que dá para deixar para depois mesmo. O que com certeza alguém vai me cobrar no futuro e eu não preciso lembrar. E coisas que não importam. Deixar por conta do destino.

Não é uma apologia à irresponsabilidade. Apenas aprendendo a relaxar. Afinal, a vida é curta e fico aí querendo controlar até o cocô do cachorro.

Chega!!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sonho de consumo


Não é nada sobre algo para comprar, ganhar ou herdar. É algo mais simples. Um dia em que não se pode esconder a verdade ou melhor é proibido mentir. Imagine!

Situação 1 - Vc recebe a ligação daquela mulher chata de um ex trabalho seu e que quer te pedir um favor. Aí vc poderia e deveria dizer "Vc sempre foi uma falsa, por que eu iria te ajudar, me erra."

Situação 2 - A sua sogra chega com aquele suvenir terrível. Vc diz que nunca viu algo de tanto mau gosto. "Quero não, pode levar de volta."

Situação 3 - Uma grande amiga aparece com um namorado novo e vc sabe que o cara é o maior chave de cadeia. Não teria outra. "Pelo amor de Deus, olha pra vc, deixa esse mané agora".

Aí, aí, até me dá água na boca um dia de super sincera.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Saudade danada

Sempre falamos que a palavra saudade é bacana. Só o português do Brasil tem e coisa e tal. Mas estes dias estava pensando em algo sobre isso. Sabe o que na minha opinião faz a saudade ser algo tão incomparável é que ela não é ruim nem boa. Ela é simplesmente uma falta danada. Agora tô com uma saudade daquelas.

Tudo começou porque entendi o que me fazia ter saudade: saber que quando estamos perto a gente realmente entende o que as pessoas que amamos estão fazendo e sentindo. De longe a gente não sabe quase nada, não é olho no olho. Tem panqueiue no meio. Sinto saudade de saber de verdade dos que amo e não estão perto, sinto, sinto...

E como vc sente saudade?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Presente de grego

Às vezes tudo que queremos é ficar quietos no nosso canto e nada para encher o saco. Mas claro que não pode ser assim. A droga da lei de murphy tem que aparecer. Assim foi há dias atrás quando a Claro resolveu me oferecer um presente de grego. "Senhora você tem muitos créditos e gostaríamos de lhe oferecer um celular novo". Pensei: maravilha, destesto filas em lojas de operadoras, dessa vez poderei receber em casa.

Ah ah ah. Pegaram a boba. Na verdade o que devia ser fácil virou um inferno. Foram deixar na minha casa e claro que eu não estava e não serviu de nada os nomes que autorizei receber. Lá vai a boba ligar para a Claro. Um, dois, três...dez atendentes. Brincadeira? Antes fosse. Os caras não sabiam nem do que eu estava falando. Resumo da história: "Senhora vamos avaliar o seu pedido e retornamos". O correio foi entregar mais duas vezes e nada. Quem mandou eu trabalhar?

Eu estava no meu canto, feliz com o aparelho que tenho. Aí aparece essa empresa que só no meu texto sugiu várias vezes sem que eu esperasse e me deixa assim: puta com serviços incompletos e ainda querendo resolver tudo. Claro que eu sou chata.