terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A volta da reclamona


Lá vem a primeira bronca, depois do abandono. Qual é dificuldade das pessoas em entender que podemos optar por não receber a segunda via dos pagamentos em débito ou crédito? Chego na loja, escolho e aí vem o pagamento. “Moça não preciso da minha via”. Adivinha o que ela faz? Imprime mesmo assim e depois joga no lixo. OK.

Se você pensou que tudo bem, nem me diga que pensou isso. Se eu não quero a segunda via não é só porque não quero mais um papelzinho na minha bolsa. Não quero na verdade nem um papelzinho dispensável no planeta, levando anos para ser decompor. E porque não pensar que se cada um pudesse dispensar o papelzinho, a sacolinha, a embalagem chique de papel, o envelope novo quando tem vários reutilizáveis, e assim salvar umas árvores.

Sei que muitas empresas brasileiras fabricam papéis a partir de uma plantação própria de eucalipto, por exemplo, mas não justifica simplesmente vivermos alheios às responsabilidades que também são nossas. Pensem que muita coisa parece pequena na hora de preservar o meio ambiente, mas que quando milhões de pessoas fazem dessas coisas pequenos hábitos, podemos ter uma nova perspectiva para o futuro.

Pode até que todo esse papo pareça de estudante que quer revolucionar o mundo, mas na verdade, ou melhor, na minha opinião, é lamentável que tantos discursos como esse ainda sejam feitos e que eles ainda sejam tão pertinentes porque definitivamente ainda vivemos nos nossos mundinhos egoístas, pensando somente no consumo da próxima semana e que não estaremos mesmo vivos para ver o que será o planeta Terra no futuro.

Sem graça para falar

Confesso: esqueci o Panqueique. Abandonei a cria. Por quê? Tá difícil até de explicar. Cansaço de fim de ano. Muito balanço de tudo e pouco tempo para pensar e escrever o que mais nos agrada.

Ok. Vou deixar de lado as lamúrias e prometer colocar de novo meu filho nos braços, embalado com carinho e muito bom humor. Afinal a proposta é dar risadas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O comunicador que se deseja


Pessoas, escrevi para o blog da LVBA Comunicação, empresa na qual trabalho, e coloco aqui para vocês também.

http://www.lvba.com.br/novo/interativa/blog_lvba.php

Negócios sustentáveis, com contas enxutas e planejamento de longo prazo, são uma realidade ou, pelo menos, uma meta a ser seguida por muitas empresas. Com a atual crise mundial, onde o mercado do capital fictício está ameaçado, as necessidades de redução de custos e de administrações com rédeas curtas só se acentuaram. Não ignorando os reais fatos de dificuldade em diversos setores, vale reforçar que os investimentos são cada vez mais calculados e que o tempo da abonança e de decisões econômicas a revelia do investidor estão com os dias contados.

E onde entra o comunicador nisso? Profissionais de Relações Públicas, Assessoria de Imprensa, Publicidade, por exemplo, também precisam diversificar os serviços que prestam. Esses especialistas têm que recuperar a origem de suas atividades: a de traduzir por meio da escrita ou de imagens realidades desconhecidas ou incompreensíveis.

Dentro do mundo corporativo, outra função que não pode ser ignorada pelos comunicadores é a de informar e monitorar os movimentos que possam interessar aos clientes. O modelo de elaborar comunicativos, anúncios, materiais que destaquem somente pontos positivos ou apenas sob uma ótica parcial do tema não é mais aceitável. Dentro da realidade das redes sociais com troca de informações, onde segredo só existe mesmo no dicionário, transparência e rapidez são artigos de primeira necessidade.

O profissional de comunicação precisa acompanhar, entender, repassar e orientar os seus clientes. A não avaliação crítica de fatos ou de uma ação a ser desenvolvida reduz o comunicador a um mero operador de textos ou de visual gráfico. A consultoria e compreensão da estratégia correta para cada caso valem ou deveriam valer ouro.

O que ainda precisa ser revisto é a aceitação e exigibilidade dessa postura e qualificação profissional. Os representantes do mundo corporativo ainda não reconhecem no comunicador aspectos que deveriam ser básicos: o senso crítico e a orientação para dialogar com os stakeholders. Por outro lado, alguns comunicadores não reconhecem neles mesmos este papel e sequer sabem mensurar o valor de seu trabalho.

Infelizmente, a personalização da comunicação dentro e fora da empresa ainda é case de grandes empresas, que ao olhar limitado de muitos “podem ousar”. Agora, uma provocação: quem pode hoje não ousar? Diversas empresas e profissionais não vêm essa máxima e, por isso, em breve, serão engolidos pelo furacão do mundo da web 2.0, do dinamismo oferecido pelas tecnologias ou da decodificação resumida de informações.

Outro ponto ignorado não mais pelas empresas, mas por um grande número de comunicadores, é a necessidade de contabilizar os resultados das ações de comunicação. A sintonia entre perfil, meta e realidade da empresa e comunicação é inadiável. Como no mercado financeiro, político e de relações interpessoais, tudo precisa andar lado a lado e de forma planejada.

Dentro desse cenário, de reformas e novas expectativas para a comunicação, como imaginar a dispensa dos profissionais da área em um momento de crise? Um passo de exposição sem planejamento e sem os devidos consultores comunicativos pode custar milhões e resultar na destruição de toda uma filosofia de produção e prestação de serviços de sucesso.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Teoria da Relatividade

Estive na exposição “Einstein”, que está em cartaz até 14 de dezembro no Pavilhão Armando de Arruda Pereira, no Parque do Ibirapuera, São Paulo, e comecei a entender, ou acho que comecei a entender, a relação entre tempo, velocidade, movimento e massa, segundo a Teoria da Relatividade. Aí hoje resolvi tentar escrever sobre o tema porque ele remete muito a frases que falamos no dia-a-dia, como: tudo é relativo, o tempo está passando rápido demais etc.

Claro que algumas coisas não terão na prática similaridade com a teoria, mas outras sim. Antes de falar da questão puramente física, vale questionar se é possível que frases do dia-a-dia sejam também inspiradas nos estudo de Einstein, será? Adoro pensar sobre a origem de palavras e de termos. Até estou devendo falar para vocês sobre o livro “Com a língua de fora”, que adoro. Ele tem explicações para diversas palavras bizarras que usamos.

Por exemplo, quando falamos que tudo é relativo nessa vida, na física, segundo Einstein, é mesmo. O movimento depende sempre de um referencial. Eu estou em movimento de acordo com o local onde me encontro. Se estou no meu carro dirigindo pelas ruas, eu não estou em movimento em relação ao meu bem (o carro), e sim em relação às ruas. Entendeu? Se estou no meu quarto paradinha estou sem movimento frente ao planeta terra, mas diante do universo estou em movimento com o Terra.

Você deve estar se perguntando por que alguém se dá ao trabalho de pensar nisso, aí respondo com a minha opinião: porque a busca pelo conhecimento é das coisas mais fantásticas que nós, seres humanos pouco evoluídos, temos ou podemos ter.

Ok, voltando ao tema. Fora a questão da relação real entre os ditados e as explicações da física, vi que é possível comprovar que o tempo pode estar passando mais rápido sim. E melhor, você pode também envelhecer mais devagar e parecer mais magro. Será que estou dando nó na cabeça de vocês? Eu mesma às vezes não sei como fico pensando nessas coisas, quando na verdade sou uma jornalista generalista e especialista de tudo e de nada. Hehehehe...

Explicando: Einstein provou que quanto mais próximo você estiver da velocidade da luz (cerca de 300.000 km/s) mais devagar passará o tempo para você. Ou seja, se você for viajar no espaço provavelmente pode conseguir voltar mais jovem para o Planeta Terra. E tem mais, não só é possível a dilatação do tempo, mas também a contração do espaço. Você também pode parecer menos gordo. Agora já não sei ao certo se não estou falando bobagem.

Gente, não é que a física é legal pra caramba. Hoje me sinto um pouco imbecil de ter sido uma aluna medíocre na matéria. Quem sabe eu não poderia estar mais próxima de entender de verdade como viajar no tempo, por exemplo.

Para não parecer que eu tomei um ácido e resolvi escrever no blog vejam os vídeos abaixo:



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CAIXA-ALTA NÃO


Tem coisa mais mal-educada no mercado das mensagens eletrônicas do que receber um e-mail escrito em caixa-alta? Acho que não. Será que ninguém disse para pessoas que fazem isso que é desagradável e pedante? Me ligue, me xingue, fale mais duro, mas não me mande um e-mail com NÃO FAÇA ISSO NOVAMENTE, por exemplo.

Nessas horas fico imaginando o que a pessoa do outro lado não deve sentir. Idéias: “Ela vai ver agora com quem está lidando”; “Eu já disse para não fazer isso ou aquilo, agora vou deixar bem claro”; “Que saco, pessoa burra, segura a minha grosseria que você merece”; “Eu posso e vou escrever como eu quiser”. Tem coisa que prefiro nem escrever para evitar palavrões. Bem que eu poderia apelar para isso, mas já que estou procurando ser uma pessoa mais tranqüila, vou deixar para um momento de desespero.

E tem gente que sequer sabe que a caixa-alta é condenável na etiqueta dos e-mails. Mesmo assim manda ver, afinal tem gente que “se acha”.

O que vale lembrar aqui é que usar desses recursos não serve de nada. Não garante respeito nem amizade. A vítima dos maus tratos um dia dará o troco ou simplesmente sairá falando por aí que conheceu um louco, sem qualquer educação na hora de falar com alguém.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Na linha da emoção


Eu tô saindo totalmente da linha do panqueique mesmo. A nova é que estou toda mole com o contato de uma amiga minha de infância, a Ivy Girão. Estudamos alguns anos do primeiro grau juntas (hoje ensino fundamental). É, somos velhas mesmo. Viva ao final da década de 70! Mas o importante é que ainda pensamos várias coisas loucas e legais da adolescência. E até temos a mesma cara nos nossos blogs (www.ivygirao.blogspot.com). Muita coincidência não é?

O fato é que lembrei que um tempo atrás ela tinha me passado também um poeminha que fiz aos 12 anos. Veja o e-mail que recebi dela:

Lembra?

"Vida, coisa sem significado,
passa rápido e nos mostra a realidade,
muda nosso corpo e nosso pensamento,
nos faz brincar e depois trabalhar.
Quantas faces você tem, vida?
Quero conhecê-las todas
(...)
Um dia nós nos encontraremos cara a cara"

Tava lembrando desse texto que tu escreveu quando estávamos na sexta-série. Não sei porquê, mas nunca o esqueci.
Espero que você goste da lembrança. Beijos, Ivy

Depois disso, tenho que admitir que as redes de relacionamentos da Internet oferecem mais alegrias que aborrecimento.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ter um pouquinho mais de paciência


Sei que falo no blog de coisas que irritam, mas juro que também penso em coisas que podemos aceitar. Até para sermos mais felizes, ou melhor, para simplesmente viver com mais dignidade e amor ao próximo. Não vou dar um sermão religioso e nem poderia. Não tenho gabarito para tal. Só gostaria de compartilhar algo do fundo do meu coração. Desculpa Panqueique reclamão, mas ando mais melosa mesmo.

O fato é: se um carro pára na sua frente e vc não entende o porquê, não saia logo buzinando, dê um minuto para o motorista terminar de pensar o que o distraiu ou talvez vc descubra que tem algo na frente dele que vc não viu. Outro dia, na Vila Madalena, eu buzinei, confesso, sabe o que estava rolando? Uma velhinha tentava terminar de atravessar a rua. E eu, uma idiota, já enchendo o saco. Agora pra quê? Pra nada. Pra ser chata só. O que muda na vida de alguém um minuto a mais?

Hoje a vida nos pede pressa e que tudo tem que ser para ontem, mas ninguém fala que isso é foda, faz mal, anula o que temos de mais bacana: a reflexão, o pensamento, o discernimento e, quem sabe, a solidariedade. Falo assim porque no último caso tem muita gente longe de saber o que é ajudar o outro.

Se tem algo que vc sabe que vai te aborrecer, evite. Não vá pegar fila, não vá ao bar da moda, não vá encher o saco de ninguém, nem o seu.

O exemplo do trânsito é só um exemplo mesmo. Imagina aquela garota que se mete em tudo no teu trabalho. O que vc fala? “Puta, que mulher chata.” O melhor seria pensar que talvez ela não tenha atenção em casa e o trabalho seja uma tentativa de um novo amigo. E por que vc não dá uma palavra de carinho de vez em quando? Pode custar muito pouco e para a chatinha, será um dia especial.

E quando o cara que limpa teu carro esqueceu a porta toda suja. Claro que você ou eu vai reclamar. “Corpo mole do caralho.” Imagina fazer a mesma coisa todo dia e um dia vc tá cansado, com a mulher doente ou sem grana para o pão. Um errinho no trabalho é aceitável, não é? Vc nunca errou nas suas frases de trabalho intelectual? Ou vc nunca esqueceu de catar o cocô do cachorro? Ou fechou a porta do elevador quando vinha alguém já tão perto e poderia entrar com vc? Se vc nunca fez nada disso, fantástico. Só que o que mais acontece é vacilarmos, vacilarmos nas gentilezas, em se permitir pensar no outro antes de estourar de raiva e de prepotência.

Puxa, como temos coisas a pensar e pensar e pensar. Se um pequeno ato de compreensão e paciência passar a fazer parte do nosso dia-a-dia pode que em breve sejamos melhor. Os atos são como nossos músculos, acredite, dá para exercitar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Coisas de menina do Ceará


Já que não falei muito de mim até agora, pois a idéia do Panqueique é mesmo de desabafo sem preocupação, resolvi adotar a idéia de uma amiga minha (http://www.playingameinsampa.blogspot.com/) e lembrar de uma brincadeira da meninada no Ceará e acredito que no país todo. Era um caderno com o nome de Disparate. Lá todo mundo falava de tudo e as perguntas eram das mais bobinhas ate as mais picantes.

Segue um modelinho com as minhas próprias respostas, hehehe...

Se eu fosse um mês seria... janeiro – é meu aniversário e tempo de refletir sobre o que passou
Se eu fosse um dia da semana seria... sábado - é ótimo tarde de sol neste dia
Se eu fosse um número seria... 10 - porque eu gosto
Se eu fosse um planeta seria... Júpiter - ele é grande e adoro as cores
Se eu fosse uma direção seria... Sul - é tão bonito falar essa palavra
Se eu fosse um móvel seria... um aparador
Se eu fosse um líquido seria... água
Se eu fosse um pecado seria... amar demais
Se eu fosse uma pedra seria... ametista
Se eu fosse um metal seria... cobre
Se eu fosse uma árvore seria... ipê
Se eu fosse uma fruta seria... amora
Se eu fosse uma flor seria... jasmim
Se eu fosse um clima seria... outono
Se eu fosse um instrumento musical seria... flauta ou gaita
Se eu fosse um elemento seria... ar, ar e ar
Se eu fosse uma cor seria... azul
Se eu fosse um animal seria... águia
Se eu fosse um som seria... Billy Holiday
Se eu fosse uma letra de música seria... Uma das várias do Tom Jobim
Se eu fosse uma canção seria... Emoções - isso mesmo, Roberto Carlos
Se eu fosse um estilo de música seria... Jazz
Se eu fosse um perfume seria... doce, doce e doce
Se eu fosse um sentimento seria... confiança
Se eu fosse um livro seria… muitas coisas
Se eu fosse uma comida seria… brownie
Se eu fosse um lugar seria... a sala dos meus pais
Se eu fosse um gosto seria... doce e azedo
Se eu fosse um cheiro seria… de chão molhado depois da chuva
Se eu fosse uma palavra seria… amizade
Se eu fosse um verbo seria… salvar
Se eu fosse um objeto seria… uma cadeira
Se eu fosse uma roupa seria… uma camiseta branca
Se eu fosse uma parte do corpo seria… a boca
Se eu fosse uma expressão seria… um olhinho apertado (como meu amor adora)
Se eu fosse um desenho animado seria… Smurfs
Se eu fosse um filme seria… Encontro Marcado (Black Joe)
Se eu fosse forma seria… espiral
Se eu fosse uma frase seria… “O importante é que emoções eu vivi”

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Tema motoristas de Sedan


Não sei se mais alguém tem a sensação que tenho, mas toda vez que vejo algum carro sedan passar perto do meu, tenho medo. Meu Deus o que ele pode fazer? Será que vai estacionar na minha frente, tentar ultrapassar pela direita, andar entre as duas faixas?

Tudo é possível. Sei que como nada nesta vida tem regra, não são todos os motoristas de sedans que são um horror, mas a maioria, sim. Sábado à tarde na João Cachoeira, Itaim Bibi, São Paulo, show de barbeiragem na certa. Passa um preto que liga a seta quando já deu ré. O outro, cinza, fica no meio da rua tentando incorporar o filme Conduzindo Miss Daisy. Pra que a pressa? Eu não tenho nada mesmo para fazer nesta tarde de sol a não ser cronometrar a falta de habilidade e de respeito no trânsito dos sedanzinhos.

Aí vem a análise. Por que isso acontece? Porque o público que prefere esses carros são na maioria das vezes pessoas que querem mais conforto do que as cidades grandes podem oferecer. São senhores ou senhoras que às vezes colocam em risco os demais porque ainda acham que vivemos no trânsito de 20 anos atrás. Gente, juro que respeito o direito de ir e vir das pessoas, mas elas poderiam ir e vir somente por meios que elas realmente podem controlar.

Solução: mais transporte público, menos poluição, carros com mais pessoas e uma cidade melhor para viver.
Oh! Vale ver este post do meu amigo Luís: http://jacksenna.blogspot.com/search?q=kombi+velha.

sábado, 4 de outubro de 2008

As palavras podem ganhar vida


Depois de algumas pessoas discutirem que palavra serve para certas coisas que comemos, vale lembrar das coisas que as pessoas definem e chamam como querem. Tem um prato super simples, mas saboroso, mais conhecido como arroz de braga. Leva frango, arroz, óbvio, paio e um molho de tomate bem preparado. Mas sabia que eu já conhecia o prato com outro nome: Maria Isabel. Louco não.

Sempre falo que de tanto as pessoas usarem certas expressões elas passarão um dia a serem o que as pessoas que as criaram querem que elas sejam. Tenho um amigo que criou uma fruta. E juro que às vezes parece que ela tem gosto e forma. JUGUMELO. Imagine você também.

Na minha cabeça, jugumelo é verde e é meio pastoso como um pêssego maduro. Algo que pode lembrar também um kiwi. Fala aí Oswaldo, criador do jugumelo. Vamos definir de vez o que é essa fruta.

domingo, 28 de setembro de 2008

Detesto dodóis


Provavelmente você não entendeu nada do meu título, mas já explico: não lido bem com pessoas sensíveis demais. Tudo magoa, tudo é motivo para chorar ou ficar encanado. Não que todos nós não tenhamos isso em algumas situações da vida, mas sempre, é chatice. Imagine uma pessoa que você sempre pisa em ovos. Nada pode ser falado sem uma intensa reflexão antes. Dodói demais pra mim.

Você até quer ajudar alguém dodói algumas vezes, mas não dá. Como você pode dizer para uma figura dessas que ela ou ele precisa emagrecer. Ou que foi egoísta em uma determinada situação. Imagina então ter que dizer que viu o namorado ou a namorada com outros. Nossa, é barra. Aí o dodói vive se ferrando e não sabe o porquê. Porque não quer encarar a vida com um pouco mais de indiferença, sem achar que tudo é pessoal, ou que o mundo precisa mudar para não atingir suas feridas.

Juro que faço este texto sem ter qualquer estímulo de fatos dos últimos dias. Na verdade é algo que sempre preguei e que faz parte do meu perfil prático de levar a vida. Vamos chorar menos e sorrir mais. Reclamar menos e agradecer mais. Fazer mais e pedir menos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Falar besteiras faz bem











Um dia estava em meio a uma turma na praia e comecei a perceber que todo mundo só falava coisas “dispensáveis” para a vida de qualquer um dos presentes. O que quero defender agora é que nada é dispensável. Ficar horas e horas falando do sentido do azul calçinha ou do azul turquesa pode aliviar o estresse e mostrar ainda que é possível desligar da rotina de obrigações e simplesmente “jogar conversa fora”. Isto é bom pra danar.

As últimas discussões deliciosamente inválidas das quais participei foram sobre nomes de comidas que são coisas diferentes de acordo com a região do país. Agora você vai entrar nas polêmicas mais sem futuro do mundo. Hehehe...

Qual a diferença entre picolé e sorvete? Versões: paulistas dizem que é tudo igual; mineiros e cearenses concordam que picolé é no palito. Segunda dúvida cruel: o que é pé-de-moleque? Em São Paulo e em Minas, uma espécie de cocada com amendoim, que pode ser dura ou macia. No Ceará, é um bolo feito com mandioca, amendoim, cravo etc. Ok. Tem mais. O que é lanche afinal? Depoimento um: um sandwich. Dois: qualquer comida que contenha suco, biscoito ou mesmo um sandwich. Três: lanche é com suco, café é com café e algo doce. Adoro esta última definição.

Tem ainda dilemas quase universais. Quem sabe dizer a diferença entre vitamina e suco quando leva mais de uma fruta? Você se arrisca em dar uma definição? Idéias já explanadas: suco é só frutas, vitamina leva leite; com mais de uma fruta é vitamina; vitamina dá mais energia que suco (palhaçada!) e vitamina é com mais de duas frutas.

Mande você também uma sugestão de discussão válida para dar risada e falar besteiras mesmo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Rindo com as eleições

Estava comentando esses dias como tem jingle de difícil pronuncia nas eleições deste ano. Só para ilustrar, pensem no “Carrega na Catraca, Carrega na Catraca” (http://www.marta13.can.br/video_galerias.php?videoId=213&t=C&galeriaVideoId=).

É quase uma sessão de fonoaudiologia. Tente repetir umas cinco vezes seguidas, sem pausa. Entendeu não é? Falta fôlego. Tem ainda jingle que tem mais palavras do que o ritmo permite. Você percebe claramente o esforço aplicado aqui: http://www.kassab25.com.br/lista-videos/comerciais-de-tv.

Os meus comentários não são contra um ou outro candidato. Só acho ótimo rir com as publicidades. Tem para todo gosto, com direito ao uso das coisas mais bizarras possíveis. Tem até quem lança moda, como o candidato Hilton Coelho, de Salvador.



Para relembrar outros jingles históricos tem uma matéria de agosto do G1 que vale a pena ser lida e ouvida: http://g1.globo.com/Eleicoes2008/0,,MUL717127-15693,00.html.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Deixa a vida me levar...


Sempre tive a péssima mania de anotar tudo em uma maldita agenda que me escraviza. Anoto, olho direto, confiro se não falta nada. Depois ainda tenho a pachorra de botar um ok do lado. Vai ser chata assim na ...

Ok. O importante é que estou tentando pensar de uma outra forma. O que dá para deixar para depois mesmo. O que com certeza alguém vai me cobrar no futuro e eu não preciso lembrar. E coisas que não importam. Deixar por conta do destino.

Não é uma apologia à irresponsabilidade. Apenas aprendendo a relaxar. Afinal, a vida é curta e fico aí querendo controlar até o cocô do cachorro.

Chega!!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sonho de consumo


Não é nada sobre algo para comprar, ganhar ou herdar. É algo mais simples. Um dia em que não se pode esconder a verdade ou melhor é proibido mentir. Imagine!

Situação 1 - Vc recebe a ligação daquela mulher chata de um ex trabalho seu e que quer te pedir um favor. Aí vc poderia e deveria dizer "Vc sempre foi uma falsa, por que eu iria te ajudar, me erra."

Situação 2 - A sua sogra chega com aquele suvenir terrível. Vc diz que nunca viu algo de tanto mau gosto. "Quero não, pode levar de volta."

Situação 3 - Uma grande amiga aparece com um namorado novo e vc sabe que o cara é o maior chave de cadeia. Não teria outra. "Pelo amor de Deus, olha pra vc, deixa esse mané agora".

Aí, aí, até me dá água na boca um dia de super sincera.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Saudade danada

Sempre falamos que a palavra saudade é bacana. Só o português do Brasil tem e coisa e tal. Mas estes dias estava pensando em algo sobre isso. Sabe o que na minha opinião faz a saudade ser algo tão incomparável é que ela não é ruim nem boa. Ela é simplesmente uma falta danada. Agora tô com uma saudade daquelas.

Tudo começou porque entendi o que me fazia ter saudade: saber que quando estamos perto a gente realmente entende o que as pessoas que amamos estão fazendo e sentindo. De longe a gente não sabe quase nada, não é olho no olho. Tem panqueiue no meio. Sinto saudade de saber de verdade dos que amo e não estão perto, sinto, sinto...

E como vc sente saudade?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Presente de grego

Às vezes tudo que queremos é ficar quietos no nosso canto e nada para encher o saco. Mas claro que não pode ser assim. A droga da lei de murphy tem que aparecer. Assim foi há dias atrás quando a Claro resolveu me oferecer um presente de grego. "Senhora você tem muitos créditos e gostaríamos de lhe oferecer um celular novo". Pensei: maravilha, destesto filas em lojas de operadoras, dessa vez poderei receber em casa.

Ah ah ah. Pegaram a boba. Na verdade o que devia ser fácil virou um inferno. Foram deixar na minha casa e claro que eu não estava e não serviu de nada os nomes que autorizei receber. Lá vai a boba ligar para a Claro. Um, dois, três...dez atendentes. Brincadeira? Antes fosse. Os caras não sabiam nem do que eu estava falando. Resumo da história: "Senhora vamos avaliar o seu pedido e retornamos". O correio foi entregar mais duas vezes e nada. Quem mandou eu trabalhar?

Eu estava no meu canto, feliz com o aparelho que tenho. Aí aparece essa empresa que só no meu texto sugiu várias vezes sem que eu esperasse e me deixa assim: puta com serviços incompletos e ainda querendo resolver tudo. Claro que eu sou chata.

domingo, 31 de agosto de 2008

Primeiro desencano


Entrei de férias e resolvi só que não queria fazer nada e tudo ao mesmo tempo. Ok, não fui clara. Pensei no melhor dos mundos para ficar de pernas para o ar e só pensar em coisas boas. Dá um mergulho na Ada sabe? Decisão, casa dos pais na praia, sem marido e sem cachorro. Só paparicos e muito nada para fazer. A expectativa é lembrar que também quero falar asneiras, discutir o que nos diferencia dos animais irracionais, quase nada, hehehe...


Nessa de como nos comportamos, defendo que ignoramos muito nossos instintos primitivos. Por que aquele cara que parecia não ter nada a ver com você um dia te dá um beijo e outras cositas mais e você cai de quatro? Digo: foi o cheiro dele, a pele que deslizou mais macia, a voz que parecei penetrar em você, ou tudo junto. Lembrou? É amiga, tem coisas que nem Freud explica mesmo. Por sinal, essa de aceitar as coisas como são e não querer programar tudo é uma boa pedida pro panqueique.


Vamos deixar o objetivo de ser magra, linda e sem nenhum defeitinho para as burras. Uma vez ouvi uma frase de que as mulheres bonitas deviam ficar mesmo com os homens de pouca imaginação, pois eles precisam mais delas. Serve tentar adaptar isso para nós. Se temos mais a acrescentar, por que ser escrava de estéticas ou de comportamentos bem aceitos? Afinal, sempre vai nos restar pelo menos um homem com imaginação.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Nova maquiagem

Putz, levei o maior tempo para decidir criar um blog, que nome colocar e o que abordar nele. De tanto pensar lembrei que a idéia era o contrário, não pensar muito, não pensar em nada. Simplesmente escrever o que desse na telha e quem sabe atrair uma mulherada que quer o mesmo: desabafar, trocar idéias, falar besteira e ri bastante.

Vivo dizendo que a vida é curta e que muitas vezes perdemos tempo e energia com bobagens, digerindo o que o estômago nem precisa. E não falo de não comer, falo de deixar por menos, lembrar que é só uma passagem. Antes de acharem que eu possa ser uma porra-louca, antes fosse, ou uma trágica, esclareço: só vivo na verdade tentando ser melhor, ser mais feliz e deixar de tantos toques. Toque para ser a melhor profissional, a melhor esposa e amante, a melhor filha e todas essas coisas que nos impomos e que só nos deixam super CHATAS.

A idéia aqui é se divertir e escrever aquilo que na verdade acreditamos, se permitir refletir, fazer novas amigas. O namorado, marido ou filho podem esperar. O que às vezes precisamos é só de um minuto a mais conosco, deixar os pensamentos fluírem e gerar a oportunidade de agregar suas idéias às de outras mulheres e aprender também com a experiência das outras.

Sabe aquelas coisas que só nós seres multiuso precisam resolver em poucas horas? O encanador que você que acabou tendo que chamar, o médico que o marido faz questão de não visitar e aí você entra no circuito para cuidar da “criança”. Pois é, aqui as dicas vão valer ouro. A sandália rosa que você criou na sua cabeça e fica louca imaginando que ela realmente existe porque você a quer, quem sabe fique mais fácil de encontrar com a experiência de bater perna de uma nova amiga aqui.

Nada vai ser bobagem. Certinhas, mulherzinhas, descoladas, ripongas, encanadas e desencanadas, com ou sem sutiã, de salto alto ou sem salto, com teorias de independência ou a Amélia convicta. Pode mandar ver, pergunte mesmo, seja sobre a idéia de trocar de emprego ou de que fator solar deveria comprar. Um panqueique de vez em quando não faz mal a ninguém.